O relógio, em seus vários formatos, é utilizado como medidor do
tempo desde a antiguidade. Os mais antigos eram os relógios de sol
provavelmente usados pelos gnômons. A história registra que, por volta
de 600 a.C., na Judéia, apareceram os relógios de água (clepsidras) e os
relógios de areia (ampulhetas).
Em 850 d.C., Pacífico, o Arcebispo de Verona, construiu um relógio
mecânico baseado em engrenagens e pesos. Existem controvérsias sobre a
construção do primeiro relógio mecânico. Uma corrente considera como
construtor o monge francês Gerbert, que foi papa com o nome de Silvestre
II. Outros grandes construtores e aperfeiçoadores dos relógios foram
Ricardo de Walinfard (1344), Santigo de Dondis (1344) e o seu filho João
de Dondis, que ficou conhecido como "Horologius" e Henrique de Vick
(1370). O primeiro relógio de bolso foi construído em Nuremberg por
Pedro Henlein. Finalmente, em 1595, Galileu Galilei descobre a Lei do
Pêndulo, ou seja, 2.200 anos depois do primeiro relógio feito na Judéia.
Com os relógios mecânicos surgiu uma grande variedade de técnicas de
registro da passagem do tempo. Os relógios deste tipo podem ser de
pêndulo, de quartzo ou cronômetros.
Os relógios mais precisos são os atômicos.
Precisão e funcionamento dos relógios de quartzo
Os relógios de quartzo estão entre os mais precisos no mercado,
pois utilizam as propriedades deste mineral para gerar impulsos e
vibrações constantes e imutáveis. Isso acontece porque gera pulsos
elétricos quando submetido a uma pressão física e também vibra
fisicamente quando atravessado por uma corrente elétrica. Essa
propriedade, chamada piezelétrica possibilita que essa vibração seja
captada eletronicamente mantendo uma vibração constante.
Nos relógios o cristal de quartzo é cortado na forma de um garfo de
diapasão, para vibrar exatas 32.768 vezes por segundo. Assim, esses
pulsos são transmitidos a um circuito eletrônico, que se baseia neles
para formar os números do mostrador digital, ou, caso o relógio seja
analógico, dividir a vibração a apenas um impulso por segundo. Esse
impulso regula um pequeno motor que move as engrenagens dos ponteiros.
Este tipo de relógio se popularizou na década de 70 e substituiu quase
completamente os mecânicos, regulados por mola e corda.
Seu grande diferencial é a precisão. Enquanto os antigos
relógios mecânicos perdiam um décimo de segundo por dia, os
de quartzo não erram mais que um milésimo. Em um mês, são apenas 10
segundos de atraso!
Relógio de pulso
Os primeiros relógios usados pelas pessoas foram os relógios de
bolso. Eram muito raros e tidos como verdadeiras joias, pois poucos
tinham um. Os relógios de bolso eram símbolo da alta aristocracia.
O relógio de pulso na verdade foi inventado pela empresa Patek Philippe
no fim do século XIX, embora seja costume atribuir, erroneamente, a
Santos Dumont os louros da invenção desta modalidade de relógio.
Essa atribuição aconteceu a partir de quando a Princesa Isabel, então
exilada na França, deu a Dumont uma medalha de São João Batista.
Preocupado em não se machucar com o uso da medalha no pescoço, a colocou
no pulso. Então teve a ideia de amarrar um relógio no pulso para
controlar melhor seus tempos de voo. Santos Dumont então encomendou a
seu amigo joalheiro, Louis Cartier, um relógio que ficasse preso ao
pulso, para que ele pudesse cronometrar melhor suas experiências aéreas.
Em março de 1904, Cartier apresentou a ele o que é considerado,
equivocadamente, o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de
Santos, com pulseira de couro. Entretanto, relógios de pulso já eram
conhecidos e usados anteriormente. O que acontecia é que eram adereços
essencialmente femininos e eram geralmente feitos sob encomenda. Na
verdade, a Santos Dumont coube a popularização do relógio de pulso entre
os homens.
A Primeira Guerra Mundial foi o marco definitivo no uso do relógio de
pulso, já que os soldados precisavam de um jeito prático de saber as
horas.
Não perca a hora
Segundos, minutos, horas, dias, meses... Contar o tempo desperta o
interesse humano há milhares de anos. De modo geral, todos os relógios
analógicos têm uma mola ou corda utilizada para controlar a energia que
movimenta as demais engrenagens e ponteiros. Nos relógios digitais o
sistema funciona com um chip e um display para mostrar as horas.
A principal diferença entre os relógios digitais e seus concorrentes é a
forma de alimentação do processo. Enquanto
os relógios analógicos têm funcionalidade mecânica, ou seja, precisam,
por exemplo, de corda para funcionar, os relógios digitais são
eletrônicos, portanto, necessitam de uma fonte de energia como bateria.
Outro detalhe é que neste mecanismo as horas são mostradas num visor de
cristal líquido (LCD) ou de diodos emissores de luz (LEDs), eliminando
os tradicionais ponteiros.
No visor do relógio digital os algarismos de 0 a 9 podem ser
formados pela combinação de sete barrinhas, é a oscilação de sinal entre
estas barras que transmite os períodos de tempo.
É o fragmento de cristal quartzo contido na bateria do relógio
digital que confere sua maior exatidão em comparação aos outros tipos,
pois este elemento mantém a frequência dos pulsos elétricos necessários
para contagem do tempo. Embora o relógio digital seja mais preciso,
os analógicos não perderam espaço para a modernidade.A escolha
do relógio é algo muito pessoal que varia não só com o estilo do
individuo, mas também com o local que ele frequenta ou atividade que
exerce. Para cronometrar uma corrida a praticidade de um relógio
digital é indispensável, mas ao compor um visual mais elegante em uma
reunião de trabalho, por exemplo, a melhor opção são
osmodelos analógicos.
O importante é não esquecer que este acessório pode ser determinante numa característica cada dia mais valorizada: a pontualidade.
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