quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DO RELÓGIO



      O relógio, em seus vários formatos, é utilizado como medidor do tempo desde a antiguidade. Os mais antigos eram os relógios de sol provavelmente usados pelos gnômons. A história registra que, por volta de 600 a.C., na Judéia, apareceram os relógios de água (clepsidras) e os relógios de areia (ampulhetas). Em 850 d.C., Pacífico, o Arcebispo de Verona, construiu um relógio mecânico baseado em engrenagens e pesos. Existem controvérsias sobre a construção do primeiro relógio mecânico. Uma corrente considera como construtor o monge francês Gerbert, que foi papa com o nome de Silvestre II. Outros grandes construtores e aperfeiçoadores dos relógios foram Ricardo de Walinfard (1344), Santigo de Dondis (1344) e o seu filho João de Dondis, que ficou conhecido como "Horologius" e Henrique de Vick (1370). O primeiro relógio de bolso foi construído em Nuremberg por Pedro Henlein. Finalmente, em 1595, Galileu Galilei descobre a Lei do Pêndulo, ou seja, 2.200 anos depois do primeiro relógio feito na Judéia. Com os relógios mecânicos surgiu uma grande variedade de técnicas de registro da passagem do tempo. Os relógios deste tipo podem ser de pêndulo, de quartzo ou cronômetros. Os relógios mais precisos são os atômicos. 
Precisão e funcionamento dos relógios de quartzo
      Os relógios de quartzo estão entre os mais precisos no mercado, pois utilizam as propriedades deste mineral para gerar impulsos e vibrações constantes e imutáveis. Isso acontece porque gera pulsos elétricos quando submetido a uma pressão física e também vibra fisicamente quando atravessado por uma corrente elétrica. Essa propriedade, chamada piezelétrica possibilita que essa vibração seja captada eletronicamente mantendo uma vibração constante. Nos relógios o cristal de quartzo é cortado na forma de um garfo de diapasão, para vibrar exatas 32.768 vezes por segundo. Assim, esses pulsos são transmitidos a um circuito eletrônico, que se baseia neles para formar os números do mostrador digital, ou, caso o relógio seja analógico, dividir a vibração a apenas um impulso por segundo. Esse impulso regula um pequeno motor que move as engrenagens dos ponteiros. Este tipo de relógio se popularizou na década de 70 e substituiu quase completamente os mecânicos, regulados por mola e corda. Seu grande diferencial é a precisão. Enquanto os antigos relógios mecânicos perdiam um décimo de segundo por dia, os de quartzo não erram mais que um milésimo. Em um mês, são apenas 10 segundos de atraso! 
Relógio de pulso
      Os primeiros relógios usados pelas pessoas foram os relógios de bolso. Eram muito raros e tidos como verdadeiras joias, pois poucos tinham um. Os relógios de bolso eram símbolo da alta aristocracia. O relógio de pulso na verdade foi inventado pela empresa Patek Philippe no fim do século XIX, embora seja costume atribuir, erroneamente, a Santos Dumont os louros da invenção desta modalidade de relógio. Essa atribuição aconteceu a partir de quando a Princesa Isabel, então exilada na França, deu a Dumont uma medalha de São João Batista. Preocupado em não se machucar com o uso da medalha no pescoço, a colocou no pulso. Então teve a ideia de amarrar um relógio no pulso para controlar melhor seus tempos de voo. Santos Dumont então encomendou a seu amigo joalheiro, Louis Cartier, um relógio que ficasse preso ao pulso, para que ele pudesse cronometrar melhor suas experiências aéreas. 
      Em março de 1904, Cartier apresentou a ele o que é considerado, equivocadamente, o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de Santos, com pulseira de couro. Entretanto, relógios de pulso já eram conhecidos e usados anteriormente. O que acontecia é que eram adereços essencialmente femininos e eram geralmente feitos sob encomenda. Na verdade, a Santos Dumont coube a popularização do relógio de pulso entre os homens. A Primeira Guerra Mundial foi o marco definitivo no uso do relógio de pulso, já que os soldados precisavam de um jeito prático de saber as horas. 
Não perca a hora
      Segundos, minutos, horas, dias, meses... Contar o tempo desperta o interesse humano há milhares de anos. De modo geral, todos os relógios analógicos têm uma mola ou corda utilizada para controlar a energia que movimenta as demais engrenagens e ponteiros. Nos relógios digitais o sistema funciona com um chip e um display para mostrar as horas. A principal diferença entre os relógios digitais e seus concorrentes é a forma de alimentação do processo. Enquanto os relógios analógicos têm funcionalidade mecânica, ou seja, precisam, por exemplo, de corda para funcionar, os relógios digitais são eletrônicos, portanto, necessitam de uma fonte de energia como bateria. Outro detalhe é que neste mecanismo as horas são mostradas num visor de cristal líquido (LCD) ou de diodos emissores de luz (LEDs), eliminando os tradicionais ponteiros. 
      No visor do relógio digital os algarismos de 0 a 9 podem ser formados pela combinação de sete barrinhas, é a oscilação de sinal entre estas barras que transmite os períodos de tempo. É o fragmento de cristal quartzo contido na bateria do relógio digital que confere sua maior exatidão em comparação aos outros tipos, pois este elemento mantém a frequência dos pulsos elétricos necessários para contagem do tempo. Embora o relógio digital seja mais preciso, os analógicos não perderam espaço para a modernidade.A escolha do relógio é algo muito pessoal que varia não só com o estilo do individuo, mas também com o local que ele frequenta ou atividade que exerce. Para cronometrar uma corrida a praticidade de um relógio digital é indispensável, mas ao compor um visual mais elegante em uma reunião de trabalho, por exemplo, a melhor opção são osmodelos analógicos. 

      O importante é não esquecer que este acessório pode ser determinante numa característica cada dia mais valorizada: a pontualidade.

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